A barata e o sapato amarelo

Estou eu escolhendo os livros que não vou comprar na Livraria da Travessa da Sete de Setembro quando escuto uma voz ao longe dizendo: - Moça, tem uma barata aqui.

Levantei os olhos e antes de ver a barata me deparei com a dona da voz que pedia pela morte da dita cuja. Era uma menina loura, super fina, na maior calma do mundo pedindo à vendedora que desse um jeito no inseto. A vendedora se limitou a dizer:  - Meu departamento não lida com baratas.

Ao invés de dar um chilique diante da resposta surreal, a moça - que estava com um escarpin amarelo chiquérrimo - não hesitou. Esmagou a barata com a maior classe bem no piso de tábua corrida da livraria.

Me aproximei (depois de ter certeza absoluta que a barata estava totalmente morta) para glorificar a atitute digna da moça e sabe o que ela me disse? - Ah, eu moro sozinha, se algum bicho entra na minha casa não adianta ficar gritando. Não vai ter ninguém pra matar por mim.

Verdadeira Diva essa Marina. Vai à luta ao invés de ficar esperando pelos outros. Tinha que ser amiga das duas Divas que fazem esse blog, mas foi mera coincidência.

#DivaatraiDiva