Divas precisam de arte

Foto de Marc Riboud, uma das exposições que estão rolando agora no Rio.

A Veja Rio dessa semana trouxe 30 dicas culturais quase de graça para aproveitar na cidade. Achei todas elas muito dignas, mas nem todas me interessaram. Por isso decidi falar sobre as 4 dicas de exposições, afinal, faz tempo que a cidade não recebe tanta coisa bacana ao mesmo tempo.
Vale tirar o dia para passear pelo Centro, que concentra 4 das 5 exposições mencionadas pela revista. Sem ter que pagar para ver arte dá até pra gastar um pouquinho comendo numa das filiais do Delírio Tropical espalhadas pelo Centro e comprando um livro na Travessa.
O CCBB sempre traz exposições de altíssimo nível. Nesse momento está rolando uma mostra de arte do Islã, que pode não interessar particularmente pelo tema, mas que certamente traz aspectos interessantes de uma cultura bastante distante de nós, o que já faz valer a visita.

Pertinho dali, na praça XV, acontece a exposição de Hélio Oiticica com cerca de 100 obras que seguem à risca as orientações deixadas pelo próprio sobre como elas devem ser expostas. Uma justa homenagem aos 30 anos de sua morte. Até o dia 21 no Paço Imperial.
Saindo dalí e indo em direção ao Largo da Carioca, temos a expô do Keith Hering, ícone da pop arte morto há 20 anos. A retrospectiva de sua carreira conta com 94 gravuras inéditas no Brasil, ou seja, mesmo quem viu a mostra dele há cerca de 4 anos no CCBB vai encontrar trabalhos diferentes dos que foram vistos por aqui. Na Caixa Cultural até dia 28 desse mês.

Seguindo pela Rio Branco em direção à Cinelândia encontramos a última das exposições da maratona de arte do Centro. São as fotos de Marc Riboud - fotógrafo ícone da agência Magnum ao lado de Robert Capa e Cartier-Bresson. A mostra tem 60 fotos representativas de sua carreira. Absolutamente imperdível para quem gosta de fotografia. É observar e aprender.
Ao final do passeio é só sentar no Ateliê Culinário do Odeon para um café ou um suco. Momento perfeito para trocar impressões sobre o dia cultural com quem encarou a maratona com você.
Se você não é tão fã de arte, pense que qualquer pessoa do sexo oposto vai se impressionar com o seu papo cultural se você soltar numa rodinha de conversa, como quem não quer nada, que adorou uma das exposições citadas. Depois agradece à titia.
Ah, e não esquece dos óculos de sol e do protetor solar, porque o sol já está de verão e você vai gastar a sua melissinha batendo perna de um lado pro outro.

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